917 Diaries

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Monday

30

September 2013

Entrevista: Sebastian Gonella

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Eu sei que já tem um tempo que não publico entrevistas aqui no blog, mas agora elas voltaram pra valer, e eu não poderia ter pedido por um melhor entrevistado do que Sebastian Gonella.

O Sebastian é um ator e produtor de cinema e um dos sócios de um dos meus restaurantes preferidos aqui em NY, o DE SANTOS.

Vocês perceberão que ele fala bastante sobre experimentar e aprender, e verão que essa curiosidade e entusiasmo fez desta uma ótima entrevista recheada de boas estórias. Ele descreveu o que NY representa para ele de uma forma que eu nunca havia escutado, e eu amei o que ele disse!  E não, eu não paguei para ele falar todas aquelas coisas boas sobre minha amada Chicago.

Eu fui entrevistar o Sebastian no DE SANTOS e o que era para ser uma conversa de 45 minutos acabou se tornando uma tarde cheia de longas e divertidas estórias que terminou comigo na cozinha do restaurante cozinhando brigadeiro.

Detalhe importante: Sei que os que me conhecem bem devem estar lendo isso em choque total, uma vez que eu sou a pessoa que possui o menor talento imaginável para cozinhar que eles já conheceram. Já fui, inclusive, responsável por colocar fogo na cozinha do meu dormitório enquanto tentava assar cookies. Mas sim, eles me deixaram cozinhar brigadeiro! Povo corajoso, não?

Bom, eu sei que essa entrevista ficou longa, mas eu garanto que vale super a pena ler até o final! Espero que gostem!

 

Me conte um pouco sobre a historia por trás do DE SANTOS? Você é um ator e produtor de cinema, como você acabou se envolvendo neste negocio?

O DE SANTOS na verdade, teve sua primeira unidade aberta em San Diego, na California, há um bom tempo atrás. Mas naquela época não possuía este nome, ele era chamado Ole Madrid e foi bastante bem-sucedido por 8 anos. Luis Miguel Amutio, um dos meus sócios e um dos donos naquela época, queria voltar para Puerto Vallarta no México e abrir um restaurante lá. Foi onde e como o DE SANTOS nasceu. Possuía, em sua maior parte, o mesmo conceito, mas desta vez, com sócios diferentes. De Puerto Vallarta, eles expandiram para Guadalajara, e foi quando eu conheci o Luis Miguel e conversamos sobre a possibilidade de abrir uma filial aqui em NY. Nesta época eu ainda não estava envolvido com esse tipo de negócios, mas foi como uma aventura para mim. Pensei; se eu puder aprender com este projeto e ainda assim ter minha carreira em NY, por que não entrar nessa?

Como vocês chegaram ao conceito final do restaurante aqui em NY?

No começo, abrimos com um estilo mais Mediterrâneo, mas acabamos mudando o conceito apos dois anos. Eu venho a NY desde que tenho 9 anos [ele nasceu na Argentina], eu amo NY, e eu sempre acreditei que esta seja a cidade dos imigrantes então, para mim, sentia que era um pouco limitado ter apenas um tipo de culinária. Eu acredito que você possa se especializar em massas se você quiser, mas ao mesmo tempo, como ficam os locais? Foi ai que decidimos focar mais na culinária tradicionalmente americana; macarrão com queijo, sanduiches, fritas trufadas… Esses tipos de pratos que as pessoas amam aqui em NY. Nós continuamos oferecendo massas e peixes, mas atualizamos o conceito e decidimos focar nos locais e pessoas que vêm de Miami e Los Angeles, por exemplo.

Quanto a atmosfera do lugar, nos contratamos o Kenyan Lewis, que já trabalhou para o Ralph Lauren e que decorou o lugar de uma forma que ficasse mais parecido com o oeste americano. Nós incluímos o conceito de teatro, filmes, e a decoração foi pensada de uma forma que as pessoas sentissem que tínhamos um ambiente romântico. Você pode trazer seus amigos, vir a um encontro. E um ambiente amistoso e aconchegante e te faz querer jantar aqui no DE SANTOS. Eu o descrevo como minha própria sala de visitas. Nos também possuímos um agradável jardim aos fundos, onde também podem ter festas privadas.

Interior DE SANTOS 

 

E quanto ao local escolhido para abrir o restaurante, ele foi sua primeira opção? Como vocês chegaram a essa escolha?

Foi difícil encontrar o local perfeito. Levou quatro anos para encontra-lo, mas quando finalmente viemos aqui e o vimos, nós amamos. O problema estava no fato dele sempre ter sido um bar/restaurante ha 100 anos, então não tínhamos certeza se trocássemos o nome e mudássemos o estilo do lugar seria suficiente para as pessoas nos aceitarem. Este lugar costumava ser um daqueles bares onde bebidas alcoólicas eram vendidas ilegalmente, e em uma época em que muitas celebridades costumavam vir para o local, e as pessoas estavam sempre experimentando coisas e sensações novas. As fotos que você vê na parede são fotos originais de como o lugar costumava ser 100 anos atrás. Elas fazem parte da historia, mas também quisemos criar nossa própria identidade. Um dos bares que existiu aqui – 9Circle – foi  super popular na época que existiu e isso nos ajudou no começo, mesmo sendo um conceito completamente diferente.  No começo, nós não sabíamos que  a Jennis Joplin havia vivido aqui ou que o Hendrix gostava de tocar lá em baixo e que até mesmo [Mick] Jagger e todas essas outras celebridades costumavam vir aqui. Ai, quando começamos a ler sobre todas essas informações sobre o passado do lugar,  nos descobrimos que era um lugar super cool onde as pessoas tinham toda a liberdade possível para experimentar o que quisessem.  Muitas bandas costumavam tocar aqui, então quando descobrimos isso, decidimos incorporar esse fato ao conceito.  Essa é uma antiga townouse linda por fora e ótima por dentro e nós decidimos manter o aspecto rustico que ela possuía, mas ao mesmo tempo quisemos brincar com algo um pouco mais moderno, western e cool. Foi dai que surgiu a ideia de usar a madeira desta forma, assim como os espelhos e os pôsteres de filmes.

Como você vê o restaurante evoluindo? Quais são os planos para o futuro?

Umas das maiores mudanças que fizemos ano passado foi tentar nos envolvermos mais com tecnologia e como isso poderia nos ajudar em nosso negocio. Eu sou um super fã da apple/ Mac e de todos os seus produtos e acho que eles são simplesmente fantásticos. Eu fiz algumas ligações para alguns contatos e perguntei como eles poderiam nos ajudar a nos conectar com a marca deles.  Eu conhecia um cara que era muito bom em TI e ele me disse que ele poderia criar um aplicativo para nós, e foi  que dai surgiu o nosso aplicativo. Eu então entrei em contato com o pessoal da Apple store e eles disseram, “olha, é um pouco difícil já que ninguém nunca fez nada dessa forma, mas se quiser arriscar, vá em frente”. E eu disse, por que não? Então nós tivemos a ideia de usar os iPads e nós nos tornamos um dos primeiros restaurantes – na verdade nós fomos nomeados o primeiro – a ter todo o seu sistema integrado com o iPad.  Outros lugares utilizam apenas um, mas nos precisávamos de vários.  Era bem mais complexo. Mas agora as transações são processadas muito mais rápido, a comida chega mais rápido, você reduz o numero de erros, e você também pode incluir imagens com a discrição dos pratos e com a carta de vinhos.  E muito bacana e as pessoas gostam de interagir com o iPad. Ele se tornou uma atração em si só.

Eu também tenho notado que aqui em NY as pessoas perderam o interesse nos drinks pós-jantar. Um bom cognac, as bebidas de sobremesa, vinho do Porto… Aqui em NY as pessoas bebem shots, principalmente de vodka. Mas não é a mesma coisa que essas bebidas que mencionei. Poder continuar no restaurante e degustar uma boa bebida ao fim do seu jantar. Esta é uma coisa que nós estamos tentando resgatar também. Por que não ficar 20-25 minutos a mais e aproveitar? Mas a principal questão aqui é a seguinte; queremos que nossos clientes tenham a melhor experiência,  independentemente do dia que eles vierem para cá.

E como o Chef Angel tem contribuído com tudo isso?

Angel adora experimentar coisas novas e isso é muito importante para um chef.  As pessoas tendem a ter medo de mudar o menu aqui em NY, mas acredito que você precisa mudar um pouco as coisas de vez em quando.  Claro que existem os pratos básicos como o Buffalo Carpaccio, o mac and cheese de lagosta, o pato e o peixe-espada que são nossos pratos mais tradicionais. Nós também tentamos fazer o mesmo com a carta de vinhos. Muitas pessoas não experimentam os vinhos alemães, espanhóis… A Nova Zelândia, por exemplo, possui vinhos incríveis, assim como a Austrália e a Africa do Sul também possuem boas opções. Você precisa dar ao cliente mais opções e deixar que ele experimente coisas novas.  Em relação as sobremesas, Angel tem feito alguns testes com doce de leite e no momento está desenvolvendo um Crème Brûlee de doce de leite.

 Beef Carpaccio com gnocchi de batatas e creme trufado, Mac&Cheese Trufado, Crepe de doce de leite 

Me conte, quando foi que você percebeu que NY era seu “lugar no mundo”?

NY sempre foi o lugar que sempre quis estar desde os meus 9 anos de idade. A primeira vez que eu percebi isso, eu tinha essa idade. Tem um caso aleatório que eu me lembro ate hoje. Eu devia estar na área das avenidas Park e Lexington, entre as ruas 50-60 e eu me lembro que havia um taxi parado no meio da rua e eu vi um cara jamaicano andando pela rua enquanto o sinal estava ficando vermelho.  Eu estava com minha mãe e vi esse garoto que devia ter uns 20 anos abrindo a porta do lado direito do taxi, entrando nele e saindo pela porta do lado esquerdo. Eu fiquei pensando: COMO? Por que ele simplesmente decidiu entrar assim por uma porta e sair pela outra daquela forma? Para mim, aquilo foi tão interessante e sua decisão tão criativa! Havia tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo e enquanto ele fazia aquilo, as pessoas simplesmente continuavam atravessando a rua, andando por ai, cuidando da vida delas e fazendo seja lá o que eles tinham que fazer.  Eram 10:30 da manha e ninguém disse absolutamente nada! Havia cerca de 20-30 pessoas em volta e ninguém estava nem ai. Para eles, era apenas mais um dia, mais um cara na cidade, e eles simplesmente continuaram com o dia deles. Eu achei aquilo o máximo, e não sei por que, só conseguia pensar que as pessoas aqui estavam “tão vivas!”

Eu me senti como se aqui fosse o lugar onde você pudesse ser quem você quisesse ser,  e sem precisar explicar para o motorista do taxi porque você entrou por uma porta e saiu pela outra daquela forma.  Eu pensei; “eu quero fazer isso, eu vou fazer isso.” Isso ficou dentro de mim. Eu queria viver em um lugar onde você pode se vestir do jeito que você quiser, dizer o que quiser, ser criativo, ser um pouco provocador e selvagem se quiser. E se eu quiser fazer a mesma coisa que esse cara fez, ótimo, ninguém vai me julgar.  Para mim, foi como se eu finalmente tivesse vendo a verdadeira NY. Todo mundo está sempre ocupado, em seu próprio mundo, tentando ser o melhor que eles podem ser em suas profissões, paixões, ou seja lá o que decidirem fazer. E isso, para mim, era muito importante.

E como você chegou a conclusão de que queria ser ator?

Quando eu cheguei aos meus 16-17 anos, eu comecei a me perguntei o que eu gostaria de fazer da minha vida e me peguei pensando qual era a coisa que eu me mataria para fazer toda semana. A resposta estava logo ali. Eu amava ir ao cinema. Cinema era tudo para mim. Se eu estivesse triste ou feliz, era para o cinema que eu ia. Meu primeiro encontro foi no cinema. Se eu tivesse uma semana ruim ou difícil, era para lá que eu ia.  Tudo girava em torno disso, e eu também amava ir ao teatro. Minha mãe foi uma grande influencia para mim, pois ela realmente ama tudo relacionado a arte.  Na verdade, ela cuida de um museu hoje em dia [Museu Eduardo Sivori, em Buenos Aires, Argentina]. Ballet, dança, teatro, pinturas… Minha mae ama tudo relacionado a arte.

  Museu Eduardo Sivori

 Mas você se formou em Economia…

Meu primeiro diploma foi em Economia porque eu realmente acreditava que eu precisava ir pra universidade. Para mim, ir para a faculdade era algo muito importante, pois eu não queria deixar de passar por essa etapa da minha vida; estudar todo o fim de semana, fazer provas, ler livros diferentes e saber como ter responsabilidade. Ler todo dia e escrever as redações de dever de casa era algo importante mesmo. E ter tempo para curtir meus amigos. Eu não queria começar a trabalhar direto depois de me formar na escola, então por isso eu tenho um diploma em Economia, mesmo sabendo que o que eu queria fazer mesmo era atuar.  Eu estudei por mais de 10 anos e ai decidi que era hora de ter um mestrado em artes visuais, então decidi fazer meu mestrado no Acting Studio aqui em NY.

Como você balanceia sua presença no restaurante com a carreira de ator?

Então, eu atuei por três anos e adorei. Você tem a chance de conhecer artistas tão incríveis e criativos no mesmo meio que você está.  Eu cresci muito, minha técnica foi desenvolvida; foi uma das melhores experiências da minha vida – se não a melhor. Depois determinado o meu mestrado eu fiquei pensando sobre o futuro e percebi que ha cerca de 90 pessoas com as quais eu gostaria de trabalhar, e desta lista, 90% destes artistas possuem sua própria produtora. Eles trabalham em projetos diferentes, estão sempre envolvidos com coisas diferentes ao mesmo tempo.  Então por que deveria ser apenas um ator?  Então agora eu produzo e dirijo coisas diferentes. Este é um campo tão bacana,  e me permite ajudar em vários aspectos; distribuição, marketing, arrecadação de fundos, mostrando os filmes no DE SANTOS… Isto aumentou minhas chances de me envolver com isso também. E você também aprende que, como artista, não deve querer fazer apenas uma única coisa. Minha paixão no momento é arte e tudo que esta relacionado a arte.  Eu sempre me pergunto: como posso ajudar pessoas de ramos diferentes? As vezes pode ser por minha empresa de produção e o DE SANTOS também ajuda muito neste sentido também.  Eu tive a idéia de mesclar esses dois mundos e uma vez que meus sócios também são artistas, faz todo o sentido.

Quais são as pessoas da indústria do cinema que realmente lhe inspiram?

Eu sempre considero o talento e o quão criativas elas podem ser. Não precisa ser exatamente um diretor, pode ser um produtor, escritor ou ator. Eu diria que da velha escola, De Niro, Al Pacino, Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman. Em relação a geração mais jovem,  Di Caprio tem feito um trabalho incrível, assim como a Natalie Portman, Eu amo como Owen Wilson e Vince Vaughn me fazem rir, porque é bem difícil ser engraçado hoje em dia.  Eles mudaram as coisas e como a atuação é percebida. Eu espero poder fazer parte desta lista um dia.  Alguns diretores como James Cameron, Francis Ford Coppola, Scorsese, e um cara como Fellini; essas pessoas são fenomenais, e é simplesmente incrível ver a forma que eles imaginam as coisas. São tantas pessoas, é difícil listar todas. Um cara como Daniel Day Lewis faz um filme a cada quatro anos porque ele absorve por completo o papel, e você precisa realmente se envolver por completo para pode representar outra pessoa e fazer seu papel de forma diferente [se você realmente quiser se destacar]. Você precisa de tempo para criar um personagem real, não da pra simplesmente faze-lo em um mês. E essa é uma das razoes que eu tenho um respeito tão grande pelo teatro.

Em relação a filmes, eu sou muito fã de quadrinhos como o Batman. Para mim, o Batman é a cidade de Gotham e essa é NYC. E sombria e o cara usa uma mascara.  Tem horas que você não quer ser observado ou visto. Você tem um dia ruim e só quer ficar em uma “caverna”. Mas há dias que você quer ser o mocinho e salvar o mundo. Batman é exatamente o que eu penso de NY. Pessoas más lhe caçando, pessoas que não sabem quem você realmente é; você é esse estrangeiro na cidade tentando alcançar algo maior. As pessoas sempre adoram se vestir e se transformar em diferentes personagens.

Quais são seus lugares preferidos em NY? Fora o DE SANTOS, onde você gosta de levar seus amigos quando eles estão visitando a cidade?

A primeira coisa que levo em consideração é quem eles são e do que eles gostam. Mas eu sempre gosto de tentar “força-los”  a ir ao museu PS1 no Queens, por ser super experimental, com artistas jovens que só querem mostrar seu trabalho e estão tentando coisas novas com som e instalações. Você sai de Manhattan, é um bairro diferente, sem contar que o lugar também possui uma ampla área aberta.

Quanto ao teatro, eu sempre tento marcar uma peça e também leva-los ao Lincoln Center – uma referencia em NY. Eles precisam ver os prédios, e eles também tem ótimos shows lá.

Quanto aos restaurantes, eu tenho dois favoritos; Lion e Waverly Inn. O Lion é um lugar incrível. E pequeno, aconchegante e sofisticado. Eles, diga-se de passagem, possuem dois Basquiats verdadeiros e algumas imagens vintage. O Waverly Inn é um clássico. Possui um certo publico, é exclusivo e eu adoro a comida. E o bairro também é incrível. O bar New Blue e um dos meus preferidos. Ele fica na “alphabet city” [área do East Village onde estão as Avenidas A,B,C eD], na Rua 6 com a Avenida B, onde eles tocam musicas brasileira e grunge. Você não espera muito do lugar baseado no que vê de fora, mas quando você entra, é muito bacana. Ótima musica, e nem mesmo os locais sabem muito a respeito do lugar, o que é ótimo.

Eu também adoro ir ao Central Park, e os primeiros 10 quarteirões são os meus favoritos, especialmente do lado Leste.  O museu Frick Collection é um lugar tão incrível. Costumava ser a casa dele [Henry Clay Frick] é a coleção de arte privada dele, então este e é um lugar realmente especial.  A West Side Highway e simplesmente incrível para caminhar ao lado do rio e sentir um pouco de como é um dia normal na vida de um nova iorquino. Você pode jogar basquete ou tênis, passar duas horas relaxando e escapar por algumas horas por lá.  Tribeca também é muito especial, com seus prédios e fábricas que costumavam ter antigos depósitos por lá.  Eu também amo Chelsea e todas as galerias de arte. Eu tento ir uma vez por mês para ver o que anda acontecendo por lá. Claro que tem a Pace gallery, mas ha outras independentes que são boas também. Há uma no prédio Fuller na Rua 57th que é bem interessante também. E bem grande e muitos que são de fora da cidade não sabem de sua existência, então essa é outra coisa legal para fazer também.

PS1, Frick Collection e Lincoln Center

NY pode tem hora que consome nossas energias. Para onde você gosta de viajar nos Estados Unidos?

Eu sempre gostei de viagens de carro desde pequeno. Para mim, o verdadeiro Estado Unidos está no Sul do país; Alabama, Tennessee, Kentucky. Esta é uma opinião bem pessoal, e o Sul, para mim é bem deferente do resto. Nos moramos em NY, vamos para Miami, LA.. E tudo muito internacional. E quando eu estou viajando pelo Sul, eu simplesmente sinto que as pessoas estão me observando. Você se sente bem diferente deles. Eles querem saber de onde você veio e eu amo isso! Eles são mais conservadores, no entanto.  E eu também amo a sensação de que posso mostrar algo novo para eles e de que eles podem me ensinar algo sobre a vida deles.

Eu também sou um grande fã do golfe, então eu já fui para a Carolina do Sul, onde eles possuem ótimos campos de golfe, assim como em Alabama e Georgia. Eu ainda preciso viajar mais dentro dos Estados Unidos, ha tantos lugares que gostaria de visitar. Chicago é absolutamente incrível! Fenomenal! O teatro de lá é muito bom. Eu gosto de ir a lugares onde eu possa aprender algo. Se eu estou em Chicago, vou a teatros de improviso, sketches. E uma cidade tão vibrante e incrível, e as pessoas são tão simpáticas.  Acho que Chicago pode ser descrita como a NY de 15 anos atrás. Ela continua sendo única e especial e não é tão internacional quanto NY.  E uma cidade grande mas ao mesmo tempo ainda possui sua própria cultura. NY é muito internacional. Eu também acho que São Francisco esta começando a liderar em uma série de coisas, não somente por causa da tecnologia, mas São Francisco possui algo extra em relação a cultura.  Sim, você ainda possui turistas e pessoas de fora da cidade, mas ela ainda é uma verdadeira cidade americana.

E fora do pais, tem algum lugar especial pra onde goste de viajar?

Eu amo Berlim e Londres. Ambas são incríveis, também por causa da arte.  Em Londres você encontra excelentes teatros e galerias. E simplesmente fenomenal! E como se eles tivessem um “sub-mundo” onde ainda possuem aquela historia e tradição em relação a Europa, onde você pode caminhar pelas ruas onde você sabe que tanta coisas aconteceram ali.  E Berlim, para mim, é uma loucura; diferente, estranha. E a cidade onde não consigo me comunicar. Eu sei que as pessoas falam inglês, mas se eu quiser me comportar como um local fica difícil, porque eu não falo alemão. As pessoas possuem uma cabeça tão aberta, já passaram por tantas coisas.  E por causa disso, possuem um desejo enorme de serem abertos, simpáticos e criativos.

 

E aqui está a prova de que eu um dia cozinhei em uma cozinha profissional!  A foto não está das melhores, mas e a única que eu tenho. Melhor deixar registrado, já que esta foi a primeira e provavelmente a ultima! #nopossuohabilidadessuficientesparaisso #naogostomesmodecozinhar

 

1 Comment

  1. Avatar evelyne gebrim

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